Por onde vais
Se no meu cais
Tu estais a salvo
E tu és meu alvo
...Na multidão?
Dei-te o meu colo
Sem protocolo...
Dei-te carinho
Urdi um ninho
...Alto do chão...
Dei fogo e lenha
Minha resenha...
No reconforto
Fiz-me teu porto
...Dei-te água e pão!
Ó que heresia!
Tu és a Poesia...
E eu te escrevi
Como te vi
...Num escrito a mão!
Sem pergaminho
Amei-te ao vinho
Num folhetim
Que era, pra mim,
...Papel de pão!
Agora tu andas
Por outras bandas
Quem sabe... em flerte!
Vou escrever-te
...N’areia do chão!
Virá a chuva
Como uma luva
Para apagar
O que sobrar
...Dessa paixão!
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